(Foto: Ariana Prestes/Unsplash)

A caspa é uma massa de queratina e células mortas, misturada à oleosidade (sebum), que cobre o couro cabeludo. A cada 25/30dias, as células cutâneas se renovam naturalmente e são eliminadas sob a forma de escamas pequenas e invisíveis. No entanto, devido a alguns fatores (internos e externos), o processo de renovação celular pode se acelerar, gerando um acúmulo dos agrupamentos de células mortas.

O problema já é motivo de desconforto só por seu aspecto estético. Mas a questão vai além disso: há implicações à saúde da pele, como a irritação do couro cabeludo e o chamado prurido, aquela sensação incômoda que provoca coceira e, por sua vez, leva a uma maior descamação.

Característica dos quadros de dermatite seborreica no couro cabeludo, essa descamação é causada, dentre outros fatores, por um fungo microscópico conhecido com Pityrosporum ovale, naturalmente presente no couro cabeludo. O distúrbio se dá quando este fungo se prolifera excessivamente (tanto no couro cabeludo quanto no canal piloso, onde fica a raiz do cabelo), desencadeando uma inflamação no local e iniciando todo o processo.

Tipos
Existem diferentes tipos de caspa. As duas principais formas apontadas pela dermatologia são a pitiríase esteatóide ou capitis (caspa), situação na qual a descamação é fina e difusa, não adere ao couro cabeludo, apresenta poucos sinais inflamatórios e aparece mais em adultos; e a crosta láctea (caspa oleosa), com escamas gordurosas e amareladas, que se grudam aos fios e ao couro cabeludo, presente mais na criança. A resposta inflamatória nesse caso é intensa, às vezes causando a chamada adenomegalia local, um aumento nos gânglios linfáticos.

Cuidados
Trata-se de uma condição crônica – ou seja, não existe propriamente uma cura. Sua recorrência está ligada a fatores externos – como umidade, calor, excesso de produtos como géis e cremes para pentear, e altas concentrações de cálcio e sais na água – e também internos: genética, estresse, desequilíbrio hormonal e hábitos alimentares.
A primeira recomendação é o uso regular de um xampu antifúngico e/ou queratolítico (com substâncias que dissolvem e/ou destroem as células mortas e o excesso de queratina na camada externa da pele) de 2 a 3 vezes na semana (dependendo da gravidade do quadro) – diminuindo essa frequência até chegar a uma vez por semana, mantendo assim por alguns meses. Aconselha-se também a aplicação de loções antifúngicas e, dependendo da gravidade do problema, um tratamento com corticoides (para descongestionar a inflamação). Em todos os casos, no entanto, a indicação deve ser adequada ao tipo de caspa. Consulte seu dermatologista para um diagnóstico preciso – principal garantia para o melhor procedimento.